No dia 01 de Maio de 1992, surgi na cidade de Itaquaquecetuba uma escolinha de futebol chamada de Travessos. A pessoa a frente desse projeto Edson Cordeiro mais conhecido como Professor Edinho, mal sabia, mas estava no comando da escolinha de maior sucesso na cidade.
(Escudo Travessos/ Foto: Facebook Escolinha Comunitária de Futebol Travessos) |
Por Davi Ravel
O Início:
"Foi num programa de rádio, quando eu
era locutor, e a escolinha começou dessa forma, eu como locutor de rádio,
recebendo uma cartinha de um garoto para ajudar eles, pedindo para alguém um
jogo de uniforme, né? Ai com o tempo que a gente estava fazendo a divulgação, a
rádio fechou, fiquei com dó dos garotos, procurei eles para poder explicar e
fiquei até hoje. " Disse Edinho.
Edinho desde sempre foi treinador e hoje também ocupa a presidência
do projeto. A Escolinha conta com uma boa gestão, onde possui ao todo 11 componentes
que são divididos em alguns cargos (presidente, vice-presidente, 1° Tesoureiro,
2° tesoureiro, 1° secretário, 2° secretário, diretores de esportes e suplentes),
a atual gestão estará à frente até o ano de 2023. Edinho pretende entregar para
a atual diretoria.
Edinho diz que o inicio foi complicado, como todo início, porém ele
acredita que conseguiu fazer isso bem e ressalta a redes sociais do clube que
possui seguidores fora do pais, indicando que o projeto é conhecido.
A Escolinha Travessos possui 27 anos de vida e é a escola de
futebol com mais duração na cidade de Itaquaquecetuba-SP. Perguntado sobre como
a Travessos tem tanto tempo de atuação, Edinho respondeu:
“É amor pelo que faz, você sabe muito bem disso, se a gente não
tiver amor pelo que faz a gente não consegue dar o segundo passo, a gente dá o
primeiro passo e ali no segundo e terceiro não consegue... Então é muito amor e
muito gasto também, né? Porque nesses 27 anos gastei mais de 120 mil reais,
parece que não né, a escolinha hoje não tem nada, não tem uma estrutura, mas já
foi investido mais de 120 mil reais. ”
(Professor Edinho/Foto Divulgação ) |
Estrutura:
Sobre o “a escolinha hoje não tem nada” Edinho se referia à
falta de patrocínios já que o projeto não conta com nenhum e também a falta de
apoio dos órgãos público da cidade, segundo Edinho a escola tenta fazer “vaquinha”
entre os atletas, porém nem todos integrantes tem condição de ajudar, caso
houvesse um apoio da
prefeitura de Itaquaquecetuba e
da Secretária da cidade, a
situação poderia ser diferente! A situação seria pior caso a escolinha não
tivesse o apoio do GEVI, onde estão há cinco anos treinando em uns dos campos
sem pagar aluguel, porém a intensão da escolinha é captar recursos e conseguir
patrocinadores e assim poder pagar aluguel do campo e ter tranquilidade.
Conquistas:
A Escolinha Comunitária de Futebol Travessos ao longo de sua
existência conquistou algumas premiações importantes!
Em 2011, foi reconhecido como ação socioeducativa pelo prêmio ITAÚ UNICEF, e nesse ano (2019) foi reconhecido pela Câmara Municipal de Itaquaquecetuba como utilidade pública, porém
ainda almeja pelo CANVAS.
Para Edinho o time carece de grande conquista, pois não teve
apoio, mas cita participações importantes em copas, entre elas oito
participações da Copa Suzano, duas participações da Copa Votorantim, duas Copa
Guarulhos, participação na Copa Sul americana organizada pela Dom Bosco do
Paraná, em Cajati-SP e em Rolândia-PR, duas Copa Brahma.
A falta de apoio dos órgãos
públicos:
Ao ser questionado sobre a falta de uma liga de futebol em
Itaquaquecetuba, Edinho respondeu:
“Acredito que dentro do município deveria ter sim essa liga
de base, sabe porquê? Porque um garoto começa a disputar um campeonato para a
gente e quando chega a uma certa altura do campeonato e o clube não deu sequência...
aí o que acontece, o garoto sai da nossa escolinha e vai disputar para outra, o
que não é certo, o certo seria o garoto ser da entidade ou da escolinha do dia
primeiro de janeiro ao último dia de dezembro, aí se fosse para outra escolinha era
como um acordo assinado em documentação entre os presidentes dos clubes, isso daí
seria muito bom para o município...”
Para Edinho a prefeitura deveria destinar verbas para apoia
as entidades esportivas nas cidades, pois assim poderia ajudar o andamento dos
atletas (já que muitas instituições têm por objetivos revelar atletas) e
criticou a falta de um clube profissional na cidade que é umas das maiores cidades do Alto
Tietê.
Metas:
Sobre as metas para os anos posteriores a Travessos
pretendem disputar o Campeonato paulista na categoria sub 17 E sub 15 e em 2021
a equipe quer disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior e poder
profissionalizar o clube e a equipe está com tudo pronto para ir atrás, o que
falta é o apoio.
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A maior frustração:
Edinho Também falou da maior frustração do clube, quando um
atleta do clube foi jogar no extinto IAC (Itaquaquecetuba Atlético Clube, clube
que revelou Cafu e Gilmar), depois foi para União Mogi, Portuguesa, foi para um
clube do Paraná e foi fazer uma avaliação para disputar a copinha pelo São
Paulo FC com Nelsinho Batista, ele era o foco da avaliação, porém tudo foi por
água abaixo, segundo Edinho o nervosismo
atrapalhou o garoto que acabou brigando na avaliação e assim acabando com a
chance da Travessos ter um primeiro jogador em um clube grande (A partir do sub
20). Edinho ainda ressaltou sobre alguns atletas do elenco que no qual ele
acredita ter potencial, o time sub 20 se destaca, além do Nícolas do sub 17 e
também Ruan do sub 15.
Outros personagens: O
preparador João.
A Travessos conta com grandes personagens que fizeram parte
da História, um desses personagens é o preparador físico e ex-atleta João
Ferreira de 58 anos, chamado de professor João. Como preparador físico está há
cerca de 10 anos, mas sua história com o clube começou aos 14 anos e falou de
sua época como atleta profissional como lateral direito:
“Eu joguei 15 anos no profissional, comecei no União de
Mogi, me emprestaram para o Paulista de Jundiaí, Rio claro, Catuense da Bahia,
Ji Paraná, Ferroviária de Recife em 88. ”
Ele também falou da situação complicada do clube, segundo
ele a equipe possuía 15 bolas, porém atualmente conta com apenas 3, a escolinha
também já sofreu roubo, onde alguns equipamentos de treinos e um fardamento
foram levados, e se depender dele a equipe vai atrás de um patrocínio para que
possa investir no clube.
(João Ferreira - Preparador Físico/ Foto divulgação) |
João também citou que está em busca de reforços para compor
a parte administrativa do clube, entre ele o ex-goleiro do Palmeiras Sergio
para atuar como diretor de Marketing.
Também falou sobre alguns atletas que
farão teste no América de Minas, para ele isso ocorrerá possivelmente em janeiro.
“Nossa intensão é essa, é estruturar.... porque eu já busquei
informações e tem como a gente disputar o paulista sub 15 e sub 17. Nosso
intensão é conseguir trazer uma arquibancada aqui para o GEVI e poder disputar
o sub 15 e 17 no campeonato paulista... só estamos dependendo alguns detalhes dos
engenheiros do projeto, estamos aguardando. Já arrumando pessoas para fazer o
projeto da universidade UMC de Mogi”
Atletas:
Também conversei com dois atletas do clube, O lateral esquerdo
Kaíque Ferreira de 15 anos e o Ponta Esquerda Ruan de 14 anos, eles falaram
como é estar na Travessos.
(Ruan - Ponta Esquerda de colete laranja & Kaíque- Lateral Esquerdo de colete amarelo/ Foto:Divulgação) |
O descontraído Kaíque que está há pouco mais de dois meses
no clube diz:
“Gostei daqui ,porque eles são muitos companheiros, eles não
julgam e sempre ajudam a melhorar. Ah boa (Sobre a estrutura do clube e diretoria),
eles sempre buscam clubes, oportunidade para nós jogar fora, peneiras,
campeonatos para a gente poder está disputando... “
Perguntado sobre o que espera daqui para frente: “Títulos! Ganhar
títulos e jogar bastante campeonatos e jogar fora também! Seria bem
emocionante (Sobre disputar a sul americana), eu sempre estou aqui buscando
ajudar o time a disputar campeonatos também. ”
Sobre o primeiro jogo
no clube “me senti pressionado porque não conhecia ninguém... eu não joguei na
minha posição, eu joguei no meio, eu não sabia jogar no meio, nunca joguei, dei
uma assistência ainda e quase fiz um gol, aí quando eu errei, eles falaram tudo
bem, aí fui me acomodando, mas foi bem legal, ainda nós ganhou de 4 a 2”.
Sobre o apoio da comunidade “Poucas pessoas de lá conhecem,
né? Mas quando a gente fala assim do time eles sente curiosidade e aí a gente
conta um pouco para eles, mas é difícil o apoio de família do que da comunidade”
Já o tímido Ruan que está há 6 meses no clube, quase não
consegue falar, mas conseguiu: “Foi muito boa (sobre a impressão do clube)
achei a estrutura legal... ah sempre dá aquele friozinho na barriga, mas quando
dá o primeiro toque na bola já passa (sobre o primeiro jogo) ”.
Contei sobre quando jogava em uma escolinha (também na cidade de Itaquaquecetuba) e tive a
oportunidade de enfrentá-los e relatei que o que me chamava a atenção era a
torcida da Travessos, perguntei como ele sentia a torcida. “Tento mais focar
no jogo e dar alegria para a torcida! Muito grande, ganhar títulos fazer
gols, chamar atenção das bases aí e conseguir ser jogador de futebol (Sobre a
expectativa). ”
Em um momento mais descontraído, perguntei quais clubes que
os dois tem o sonho de jogar:
“Corinthians, né! ” Disse Kaíque, “Palmeiras, né! ” Falou
Ruan, “melhor time do Brasil falou Kaíque (“Aaah” interrompeu Ruan) muito
emocionante” Complementou Kaíque, pisa em Itaquera com a arena lotada seria daora. ”
(Atletas e comissão técnica da Escolinha Comunitária de Futebol Travessos/ Foto:Divulgação) |
(Treino em campo reduzido/ Foto:Divulgação) |
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